😥“Doutora, estou com a boca
cheia de feridas, vim fazer laserterapia, não consigo nem engolir a saliva,
estou com muita mucosite!”.
⚠️Quantas vezes escutamos essa
frase do paciente oncológico e verificamos que não é mucosite? Muitas!
🧩O primeiro passo para todo
tratamento é o correto diagnóstico. E as primeiras informações para esse
processo obtemos já na ANAMNESE.
📌Nesse caso, já foi possível
verificar que a paciente não fazia uso de um protocolo estomatotóxico, ou seja,
não era esperado mucosite pra ela.
📆Havia feito o último ciclo de
QT há 12 dias e, portanto, deveria estar no período de nadir celular, o período
de menor imunidade, o que já me leva a pensar em infecções.
🤒Em relação aos sintomas,
relatou ardência e queimação nas mucosas, dor no palato duro e odinofagia, com
piora progressiva ao longo dos dias.
😥“A sensação é de um aperto na
garganta, parece que está fechada”.
😷Ao exame físico, observamos
candidíase pseudomembranosa severa em toda a cavidade oral e orofaringe.
😷Nesse momento, muitas vezes é
impossível identificar se há lesões, pois toda a mucosa fica coberta com
colônias de Candida, embora já pude observar uma lesão inicial de herpes no
palato duro (veja na foto 3, indicado pela seta).
😷Devido à fase do seu ciclo
quimioterápico, precisamos entrar com medicações sistêmicas, além da terapia
fotodinâmica antimicrobiana (aPDT).
🎯No dia seguinte, quando a
candidíase já estava controlada, pudemos avaliar melhor todas as mucosas e
vimos que só havia mesmo aquela lesão no palato duro, com característica de
herpes, que já estava muito melhor.
🙂A paciente estava quase
assintomática, comendo bem e se hidratando corretamente.
⚠️Não tinha mucosite. Não fez
fotobiomodulação.