terça-feira, 28 de julho de 2020

Mucosite? Fotobiomodulação?


😥“Doutora, estou com a boca cheia de feridas, vim fazer laserterapia, não consigo nem engolir a saliva, estou com muita mucosite!”.

 ⚠️Quantas vezes escutamos essa frase do paciente oncológico e verificamos que não é mucosite? Muitas!

 🧩O primeiro passo para todo tratamento é o correto diagnóstico. E as primeiras informações para esse processo obtemos já na ANAMNESE.

 📌Nesse caso, já foi possível verificar que a paciente não fazia uso de um protocolo estomatotóxico, ou seja, não era esperado mucosite pra ela.

 📆Havia feito o último ciclo de QT há 12 dias e, portanto, deveria estar no período de nadir celular, o período de menor imunidade, o que já me leva a pensar em infecções.

 🤒Em relação aos sintomas, relatou ardência e queimação nas mucosas, dor no palato duro e odinofagia, com piora progressiva ao longo dos dias.

 😥“A sensação é de um aperto na garganta, parece que está fechada”.

 😷Ao exame físico, observamos candidíase pseudomembranosa severa em toda a cavidade oral e orofaringe.

 😷Nesse momento, muitas vezes é impossível identificar se há lesões, pois toda a mucosa fica coberta com colônias de Candida, embora já pude observar uma lesão inicial de herpes no palato duro (veja na foto 3, indicado pela seta).

 😷Devido à fase do seu ciclo quimioterápico, precisamos entrar com medicações sistêmicas, além da terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT).

 🎯No dia seguinte, quando a candidíase já estava controlada, pudemos avaliar melhor todas as mucosas e vimos que só havia mesmo aquela lesão no palato duro, com característica de herpes, que já estava muito melhor.

 🙂A paciente estava quase assintomática, comendo bem e se hidratando corretamente.

 ⚠️Não tinha mucosite. Não fez fotobiomodulação. 


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