Porém, não é só para divulgar nossas atividades, pois tem algumas reportagens que apresentam texto sobre temas muito importantes, como mucosite e outros cuidados ao paciente oncológico. Por isso vale a pena ler, o conteúdo é muito informativo.
Não deixe de ler também as sessões de "Casos clínicos" e "Complicações da quimio e radio", onde há informações bem específicas sobre o tema.
.............................................................................................................................................................
15-02-2017 - Reportagem do Centro de Oncologia e Radioterapia de Londrina:
Centro de Oncologia e Radioterapia de Londrina
MUCOSITE pode ser EVITADA!
Uma das principais queixas de pacientes oncológicos é a mucosite, intercorrência que pode ser prevenida por meio da odonto-oncologia. O trabalho do dentista com essa capacitação se dá com o uso da laserterapia e outros cuidados tópicos e sistêmicos para os pacientes que têm risco de desenvolver as mucosites, que são como aftas gigantes que acometem a boca, a garganta e podem até atingir outras mucosas do organismo, como a do estômago e intestino. É um dos piores efeitos colaterais decorrentes do tratamento oncológico em diversos tipos de câncer, acometendo em média 40% dos pacientes em quimioterapia e quase 100% dos pacientes em radioterapia de cabeça e pescoço.
Dra. Letícia Lang, dentista com mais de 15 anos de experiência em odonto-oncologia e que atende exclusivamente pacientes oncológicos, aponta que o tratamento preventivo é o melhor caminho para aliviar essa intercorrência. Ela reforça que a dor pode ser incapacitante para uma correta alimentação, deixando o paciente ainda mais vulnerável no momento em que precisa fortalecer o organismo. "Há pacientes que não conseguem ingerir nem água, correndo sério risco de desidratação e desnutrição, podendo levar a infecções sistêmicas e óbito. Isso sem falar que às vezes é necessário interromper o tratamento quimio ou radioterápico devido às lesões muito severas, o que não é bom para o paciente", destaca a especialista do Centro de Oncologia e Radioterapia de Londrina.
Há alguns pacientes que merecem mais atenção nesse trabalho preventivo pela chance elevada de ter mucosite. “Alguns tipos de quimioterápicos, radioterapia na região de cabeça e pescoço e a quimioterapia realizada no transplante de medula óssea têm maior risco de provocar essa inflamação na mucosa. Com a laserterapia e outros cuidados específicos prevenimos e tratamos a mucosite”, destaca Dra. Letícia.
Leia mais informações importantes sobre o câncer em nosso site: www.oncologialondrina.com.br
15-12-2016 - Reportagem do Centro de Oncologia e Radioterapia de Londrina:
Centro de Oncologia e Radioterapia de Londrina
Odonto-oncologia previne intercorrências em pacientes com câncer
Prevenir é atuar antes que um mal aconteça. Essa definição cai como uma luva na área da ODONTOLOGIA ONCOLÓGICA. Muitos são os efeitos e problemas bucais que podem aparecer durante ou após o tratamento com quimioterapia e radioterapia, antecipar-se a eles é uma maneira inteligente de aliviar esses transtornos.
Dentista oncológica, Dra. Letícia Lang Bicudo aponta que os cuidados começam antes mesmo de iniciar o tratamento do câncer. “Todo paciente oncológico precisa passar por uma avaliação odontológica antes de iniciar o tratamento. Ele não pode estar com nenhum foco de infecção porque passará por uma fase de imunossupressão (queda da imunidade) por conta do tratamento. Se houver um foco infeccioso bucal isso pode até levar à sepse, que é uma infecção sistêmica, quando a infecção que estava na boca se espalha pelo organismo pela falta de defesa”, alerta.
De acordo com ela, o objetivo do tratamento é totalmente preventivo. “Removemos todos os focos de infecção, que podem estar escondidos e sem manifestar sintomas. É hora de pensar no tratamento de quimioterapia ou radioterapia que o paciente vai iniciar e preparar a boca para isso”, completa.
Feito esse passo, o paciente segue para o tratamento, fase em que a odontologia também pode atuar de forma efetiva. “Nesse momento, nosso trabalho será tratar as alterações que ocorrem na boca, que são decorrentes não do câncer, mas do tratamento de quimioterapia ou radioterapia – por isso independem da localização da doença. Pode haver alterações de saliva (tanto na quantidade como na qualidade), infecções bucais, alterações de paladar e a mucosite, que é a principal queixa dos pacientes. Elas são como aftas gigantes que aparecem na mucosa”, explica.
Dra. Letícia destaca ser possível evitar a temida mucosite. “Se sabemos que existe o risco dela aparecer em decorrência do tratamento, fazemos um trabalho preventivo com laserterapia, isso evita um grande sofrimento. Muitas vezes o paciente precisa interromper a quimioterapia ou a radioterapia devido à mucosite. Ele para de comer pois não consegue engolir nem mesmo a própria saliva e às vezes precisa de hospitalização, sonda nasogástrica e diversas medicações para reverter o quadro”.
Outra intercorrência que pode aparecer é a osteonecrose dos maxilares, nesse caso em pacientes em tratamento para câncer na região da cabeça e pescoço ou com metástase óssea. Mais uma vez, a odontologia oncológica terá o papel de prevenir esta intercorrência. “Muitas são as complicações que podem acontecer. Além dessas listadas, há ainda mais predisposição a cáries e xerostomia. Ter o acompanhamento do dentista antes, durante e após o tratamento do câncer traz conforto e mais qualidade de vida para passar por essa etapa”, conclui.
04-12-2016
Essa semana tive a alegria de ministrar uma palestra sobre "Atendimento odontológico ao paciente com câncer" aos colegas dentistas da Uniodonto. Uma turma unida e bacana, que mostrou bastante interesse pelo tema. Agradeço muito à Dra. Lázara Regina Rezende pelo convite e a parabenizo por valorizar esse assunto junto aos profissionais e incluir esse tema no seu ciclo de palestras. ❤
17-11-2016 - Atualização em Oncologia
E para fechar o dia de ontem com chave de ouro, foi muito bom participar à noite desse encontro da Pro Onco sobre câncer de pulmão com renomados médicos do hospital Sírio Libanês. Fazer parte dessa equipe multidisciplinar de Oncologia é uma grande satisfação. Estiveram presentes alguns médicos, enfermeiros e outros profissionais relacionados ao tema. Todo mundo participou ativamente da discussão dos casos clínicos, o que enriqueceu ainda mais o evento. Novamente, agradeço o convite ao Dr. Gabriel Lima Lopes e a todos que ajudaram a organizar o evento e os parabenizo, estava excelente! E nossa equipe de Odonto - oncologia estava presente, para aprender com esses grandes mestres! ❤
18-11-2016 - Paletra na Jornada Acadêmica da UNOPAR
De volta ao trabalho, ontem tive a alegria de participar da Jornada de Odontologia da UNOPAR. Agradeço muito à comissão organizadora pelo convite para ministrar a palestra e a parabenizo pela organização impecável, estava tudo perfeito! Havendo somente quatro palestrantes convidados, fico muito honrada por terem me escolhido para esse grupo tão seleto, para mostrar aos alunos a importância do dentista na Oncologia! ❤
25-10-2016 - Aula ministrada aos alunos da Odontologia UNOPAR
E hoje foi dia de dar aula de Odonto-oncologia aos alunos do último ano de Odontologia da Unopar. Agradeço muito ao professor Dr. Marcos Heidy Guskuma pelo convite e pela oportunidade de mostrar um pouco dessa área aos alunos, para que desde já se conscientizem da importância do Cirurgião-dentista na Oncologia. Agradeço aos alunos também, que se mostraram muito interessados em conhecer mais sobre essa área da odontologia. ❤
21-10-2016 - Entrevista ao Jornal da APCD:
Importância do Cirurgião-Dentista no tratamento de pacientes com câncer
Entrevista completa pelo link:
http://www.apcd.org.br/index.php/noticias/325/Dia-a-Dia/21-10-2016/importancia-do-cirurgiao-dentista-no-tratamento-de-pacientes-com-cancer
10-10-2016 - Aula ministrada na PUC aos alunos de Medicina.
E hoje foi dia de dar aula na PUC de Londrina aos alunos de Medicina, para falar sobre o tratamento multidisciplinar na Oncologia. Além da palestra sobre Odonto-oncologia que eu apresentei, hoje tivemos uma aula com a enfermeira especialista em Oncologia Stephanie Benabou, que mostrou com maestria como a Enfermagem é importante nesse time de oncologia! Agradeço imensamente aos queridos médicos Dra. Ana Cristina Herrera e Dr Gabriel Lima Lopes pelo convite e por sempre destacarem a importância da equipe multidisciplinar na oncologia.
Letícia, Carol, Kizzy e Daniel |
Letícia e Dolores
............................................................................................................................
|
Entrevista ao JL:
odonto-oncologia
Boca de paciente com câncer necessita de atenção especial
Drogas usadas na quimioterapia e na radioterapia provocam danos bucais que podem ser evitados ou minimizados com tratamento odontológico especializado
04/07/2011 | 00:00 Bruna Komarchesqui, especial para o JL
Quando se fala em tratamento de câncer, logo se pensa em efeitos colaterais, como náuseas e queda de cabelo. O que a maioria das pessoas desconhece é que as drogas usadas no combate aos tumores também podem ocasionar problemas bucais. Minimizá-los ou até mesmo evitá-los é o que propõe a odonto-oncologia. Essa ajuda especializada tem por objetivo o acompanhamento do paciente de câncer, independentemente da localização do tumor. “Os efeitos colaterais vêm do tratamento e não da doença; pessoas que fazem radioterapia de cabeça e pescoço e pessoas que fazem qualquer tipo de quimioterapia vão ter algum efeito colateral bucal”, explica a dentista Letícia Lang Bicudo, pós-graduada em odonto-oncologia e mestre em lasers.
O hematologista Luis Gabriel Fernandez Turkowski, que trabalha com oncologia das partes hematológicas, detalha que tanto a quimioterapia quanto a radioterapia provocam diversas alterações no organismo, principalmente no que diz respeito à imunidade. “A boca é extremamente rica em bactérias, que servem para proteção e digestão. A quimioterapia e a radioterapia causam desequilíbrios, como alteração do PH da saliva e lesões nas mucosas.”
Septicemia
Dentre os efeitos colaterais causados pelo tratamento oncológico os mais comuns são secura na boca – que, além do desconforto, pode fazer aumentar o número de cáries - e as mucosites - feridas extensas, que podem atingir todo o trato digestório. “A saliva é uma defesa bucal contra todos os microrganismos que temos na boca. Com a baixa salivação, essas infecções oportunistas se manifestam, podem ir para o restante do organismo e causar uma septicemia [infecção generalizada]”, alerta a dentista Letícia Bicudo. Ela diz que 50% dos casos de septicemia do paciente com câncer vêm de infecções bucais. Já as mucosites na boca, dependendo do grau, podem impedir a pessoa até de tomar água. Nesses casos, a internação para hidratação endovenosa e a interrupção temporária do tratamento oncológico acabam sendo medidas necessárias. Esse tipo de problema pode ser evitado ou minimizado com a laserterapia que, segundo ela, acelera a cicatrização e tem efeito anti-inflamatório.
Segundo Turkowski, o paciente deve ser alertado da necessidade de uma atitude preventiva e dos riscos de possíveis complicações bucais. Segundo ele, é importante que a pessoa resolva todos os problemas bucais antes de começar as sessões, porque depois fica mais difícil qualquer intervenção terapêutica.
Letícia Bicudo reforça essa ideia, salientando a importância de se buscar uma avaliação odontológica que leve em conta os cuidados específicos para o protocolo de tratamento pelo qual o paciente vai passar, já que cada quimioterápico causa um tipo diferente de efeito colateral. Segundo ela, não é hora de se pensar em estética, e sim de preparar a cavidade bucal para o tratamento. “Temos que remover todos os focos de infecção silenciosos, porque durante a quimioterapia a pessoa tem baixa imunidade e as infecções acabam se manifestando.”
A dentista lembra que, durante as sessões de quimioterapia e radioterapia, não é possível fazer tratamento odontológico, a não ser em casos de emergência. “Mesmo assim, precisa ser no dia certo, com a coleta de um hemograma do dia, porque precisamos ver as defesas e a coagulação sanguínea do paciente. Existe um período certo para a intervenção odontológica, que, mais ou menos, coincide com os dias da quimioterapia”, ressalta.
Poucos profissionais
Para o hematologista Luís Gabriel Turkowski, o alcance de tratamentos odontológicos preventivos entre pessoas com câncer ainda é restrito. Um dos motivos é a escassez de profissionais voltados a esse tipo de paciente. “Além disso, a pessoa já gasta muito com o tratamento do câncer e, muitas vezes, o plano de saúde não cobre a parte odontológica, por isso a resistência. E, às vezes, a pessoa vai há 20 anos no mesmo dentista e não quer trocar.” Na opinião dele, nem todo dentista está preparado para atender pacientes em tratamento de câncer.
Depois da cura, Irineu e Antônio podem sorrir tranquilamente
Em 2007, o contador Irineu Tristão Barbosa, 68 anos, descobriu um câncer na face. De julho a outubro, foram 6 sessões de quimioterapia e 38 de radioterapia, que, além de “matar o tumor”, acabaram atingindo suas glândulas salivares. “Minha saliva diminuiu em 50%, mas hoje consigo viver bem com isso, já me acostumei.” Os danos não foram maiores porque ele procurou ajuda especializada e teve o cuidado de fazer aplicações de laser antes das sessões de radioterapia. “Como a radioterapia afeta a arcada dentária, o laser ajuda a não abalar muito a região óssea”, conta.
Para Barbosa, esse cuidado especial durante o tratamento foi de grande importância. “Hoje meus dentes são todos perfeitos, não perdi nenhum. Mas, antes mesmo de começar as sessões de radioterapia, nós tratamos todos os problemas que eu poderia ter na boca, como cáries, por exemplo”, recorda. Mesmo curado, Tristão não descuida de medidas simples, como bochechar um flúor especial todos os dias, durante um minuto, após escovar os dentes. “A cada seis meses faço uma tomografia e a cada três meses vou ao dentista.”
Durante três meses, o empresário Antônio Sérgio Castro, 48 anos, enfrentou 8 sessões de quimioterapia e 34 de radioterapia, na luta contra um câncer de amídala. Ele conta que, antes mesmo de iniciar o tratamento, o médico o orientou a procurar um consultório odontológico. “Além de creme dental específico e um enxaguatório bucal, fiz aplicações de laser e, graças a Deus, foi fundamental. Não tive mucosite ou nenhuma outra complicação”, comemora.
Castro lembra que a radioterapia deixa “muitas sequelas”, como a falta de saliva, e, por isso, ele volta ao dentista a cada três meses, para fazer limpeza e aplicar o laser. “Dou mais valor a esse tratamento agora que minha mãe começou a fazer quimioterapia e, como não teve orientação médica, já na primeira sessão a imunidade baixou e ela ficou com a boca cheia de feridas. E, depois que está assim, dá mais trabalho corrigir.”
...............................................................................................................................
Reportagem da Folha de Londrina:
04/07/2011
Odontologia para pacientes com câncer
Tratamento especializado melhora a qualidade de vida, além de reduzir feridas na boca e outras complicações orais promovidas pela quimioterapia
A dentista Letícia Lang Bicudo orienta que o paciente tenha acompanhamento odontológico antes, durante e depois da quimio e radioterapia
Passar por um tratamento quimioterápico é doloroso, por isso, reduzir as chances de qualquer problema que possa acrescentar mais dores ao paciente com câncer é sempre importante. Com as células de defesa diminuídas durante a quimio e radioterapia, quem passa por esses tratamentos fica totalmente exposto às infecções e outras contaminações. Por isso, preparar a boca e receber intervenções odontológicas enquanto o paciente é medicado pode evitar a disseminação de bactérias pela saliva, além de preveni-lo contra problemas capazes de levá-lo até a morte.
De acordo com a cirurgiã-dentista Letícia Lang Bicudo, especialista em odonto-oncologia, por falta de orientação, muitos pacientes com câncer passam por problemas bucais sérios que poderiam ser evitados com um acompanhamento adequado. Os efeitos colaterais da quimio e radioterapia podem provocar problemas como ulcerações na mucosa, sangramentos espontâneos na gengiva, aumento de cáries, infecções, alterações no paladar, falta de salivação, entre outros. ''O ideal é que o paciente possa ter acompanhamento odontológico antes, durante e depois da quimio e radioterapia. As infecções bucais são responsáveis por 50% das septcemias (infecções generalizadas) e podem levar até a morte'', diz.
Experiências médicas mostram que o paciente tem uma queda na resistência após o tratamento e esse período, segundo estudos, pode se prolongar por até quinze dias. A especialista reforça que durante esse período qualquer foco de infecção é preocupante. ''Não importa a localização do câncer, mas sim os quimioterápicos utilizados durante o tratamento. Quando um paciente tem um câncer de cabeça e pescoço é imediatamente conduzido pelo médico para um tratamento prévio odontológico para evitar riscos maiores''.
Ainda segundo Letícia, a desnutrição é outro fator importante desencadeado pela dificuldade do paciente de se alimentar por causa dos ferimentos na boca. Com isso, há um aumento significativo do risco de infecções. ''As complicações não ocorrem em todos pacientes, depende do tipo de quimioterapia utilizada, do local e dose da radioterapia. O importante é prevenir e preparar a boca do paciente antes do início do tratamento para que não haja o risco de desenvolvimento de infecções e futuros problemas'', enfatiza.
Novas tecnologias
Atualmente existem ferramentas como o laser, usado na prevenção e tratamento de mucosite e outras lesões orais. Usada para reduzir a dor provocada pelas ulcerações da boca, a laserterapia é indicada também na reparação dessas feridas. Especialistas afirmam que a rápida cicatrização é importante porque toda ferida aberta é um foco de infecção, porta de entrada para micro-organismos principalmente em pacientes cujas defesas estão diminuídas. Para fazer a laserterapia, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) exige uma habilitação específica dos dentistas.
De acordo com a cirurgiã-dentista Letícia Lang Bicudo, especialista em odonto-oncologia, por falta de orientação, muitos pacientes com câncer passam por problemas bucais sérios que poderiam ser evitados com um acompanhamento adequado. Os efeitos colaterais da quimio e radioterapia podem provocar problemas como ulcerações na mucosa, sangramentos espontâneos na gengiva, aumento de cáries, infecções, alterações no paladar, falta de salivação, entre outros. ''O ideal é que o paciente possa ter acompanhamento odontológico antes, durante e depois da quimio e radioterapia. As infecções bucais são responsáveis por 50% das septcemias (infecções generalizadas) e podem levar até a morte'', diz.
Experiências médicas mostram que o paciente tem uma queda na resistência após o tratamento e esse período, segundo estudos, pode se prolongar por até quinze dias. A especialista reforça que durante esse período qualquer foco de infecção é preocupante. ''Não importa a localização do câncer, mas sim os quimioterápicos utilizados durante o tratamento. Quando um paciente tem um câncer de cabeça e pescoço é imediatamente conduzido pelo médico para um tratamento prévio odontológico para evitar riscos maiores''.
Ainda segundo Letícia, a desnutrição é outro fator importante desencadeado pela dificuldade do paciente de se alimentar por causa dos ferimentos na boca. Com isso, há um aumento significativo do risco de infecções. ''As complicações não ocorrem em todos pacientes, depende do tipo de quimioterapia utilizada, do local e dose da radioterapia. O importante é prevenir e preparar a boca do paciente antes do início do tratamento para que não haja o risco de desenvolvimento de infecções e futuros problemas'', enfatiza.
Novas tecnologias
Atualmente existem ferramentas como o laser, usado na prevenção e tratamento de mucosite e outras lesões orais. Usada para reduzir a dor provocada pelas ulcerações da boca, a laserterapia é indicada também na reparação dessas feridas. Especialistas afirmam que a rápida cicatrização é importante porque toda ferida aberta é um foco de infecção, porta de entrada para micro-organismos principalmente em pacientes cujas defesas estão diminuídas. Para fazer a laserterapia, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) exige uma habilitação específica dos dentistas.
Acompanhamento deve ser indicado por oncologista
O médico oncologista Mário Liberatti explica que, nos últimos anos, o tratamento do câncer utiliza de protocolocos com a associação de múltiplas modalidades de tratamento como a cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Segundo ele, o tratamento odontológico faz parte do planejamento terapêutico, mas deve ser encaminhado por um oncologista.
''A abordagem preventiva do odontólogo irá diminuir a ocorrência dos efeitos colaterais indesejáveis na cavidade oral e nos dentes e o tratamento efetivo irá oferecer melhor qualidade de vida ao paciente, propiciando maior aderência ao tratamento e consequentemente maior taxa de cura do câncer em tratamento'', diz.
Por cerca de cinco meses o médico Celso Fernandes Júnior passou pelo tratamento de quimio e radioterapia para combater um câncer na garganta. As dores e a dificuldade em se alimentar, além dos demais efeitos colaterais dos quimioterápicos, só foram amenizados com a laserterapia.
''As reações colaterais provocadas pelos medicamentos são muito grandes, em especial quando se trata da mucosa. Durante o tratamento ocorre uma baixa resistência orgânica que facilita o surgimento da candidíase e outras lesões a nível oral, como a própra herpes que machuca muito'', comenta.
Para ele, a laserterapia teve fundamental importância para a sua recuperação. ''A laserterapia evita todos os dissabores, problemas que podem vir a nos debilitar por falta de uma boa alimentação. Em momento algum no meu tratamento precisei ser internado para receber soro ou algo parecido. É importante que as pessoas estejam sempre atentas à habilitação do profissional que vai utilizar a laserterapia, pois é um procedimento com baixa intensidade e o odontólogo deve ser credenciado para isso'', finaliza Fernandes Júnior. (F.B.)
''A abordagem preventiva do odontólogo irá diminuir a ocorrência dos efeitos colaterais indesejáveis na cavidade oral e nos dentes e o tratamento efetivo irá oferecer melhor qualidade de vida ao paciente, propiciando maior aderência ao tratamento e consequentemente maior taxa de cura do câncer em tratamento'', diz.
Por cerca de cinco meses o médico Celso Fernandes Júnior passou pelo tratamento de quimio e radioterapia para combater um câncer na garganta. As dores e a dificuldade em se alimentar, além dos demais efeitos colaterais dos quimioterápicos, só foram amenizados com a laserterapia.
''As reações colaterais provocadas pelos medicamentos são muito grandes, em especial quando se trata da mucosa. Durante o tratamento ocorre uma baixa resistência orgânica que facilita o surgimento da candidíase e outras lesões a nível oral, como a própra herpes que machuca muito'', comenta.
Para ele, a laserterapia teve fundamental importância para a sua recuperação. ''A laserterapia evita todos os dissabores, problemas que podem vir a nos debilitar por falta de uma boa alimentação. Em momento algum no meu tratamento precisei ser internado para receber soro ou algo parecido. É importante que as pessoas estejam sempre atentas à habilitação do profissional que vai utilizar a laserterapia, pois é um procedimento com baixa intensidade e o odontólogo deve ser credenciado para isso'', finaliza Fernandes Júnior. (F.B.)
Fernanda Borges
Reportagem Local
...........................................................................................................................Reportagem Local
Essa nota saiu no Jornal de Londrina, em setembro de 2011, achei o texto carinhoso e resolvi anexar aqui:
Valiosa experiência
Leticia Lang trouxe de São Paulo a valiosa experiência de trabalho no Hospital Sírio Libanês, onde fazia parte como dentista, de uma equipe multidisciplinar de oncologistas. Há alguns anos aqui na terrinha, acompanhando o marido, o juiz federal Ricardo Cagliari Bicudo, Leticia já imprimiu com muita personalidade a qualidade do seu oficio em Londrina. São profissionais impecáveis como esta, apaixonadas pelo que fazem, que ajudam na qualidade de vida a pacientes com câncer. Viva!
Foto Toni Minighini
................................................................................................................................
Pessoal, vou postar uma entrevista que dei ao CRO em 2010, falando da importância da capacitação profissional para realização da laserterapia:
09/09/2010
Laserterapia
Há quase dois anos, a laserterapia, juntamente com a acupuntura, a terapia floral, a hipnose e a homeopatia, foi regulamentada pelo CFO como prática integrativa e complementar à saúde bucal.
O que significa que agora é necessário que o cirurgião-dentista estude uma carga horária mínima para se capacitar. Essa habilitação veio para organizar a prática dessas atividades, impedindo que o profissional comece a exercê-las sem o conhecimento necessário, produzindo resultados inadequados e trazendo risco aos pacientes.
Não era incomum o colega adquirir o laser em um congresso e imediatamente já começar sua utilização em seu consultório, seguindo apenas o manual básico que acompanha o equipamento, sem conhecer a fundo seu mecanismo de ação, desconsiderando as particularidades de cada situação e fatores individuais dos pacientes. Assim, por não utilizarem os parâmetros adequados, muitos não obtinham bons resultados, passando a não acreditar na eficácia do laser, algo que hoje já está devidamente comprovado na literatura.
Quando o cirurgião-dentista estuda o mecanismo de ação do laser e passa a utilizá-lo na sua rotina clínica, percebe que tem um excelente instrumento em mãos e que pode indicar seu uso em todas as especialidades. Muitas vezes, sua indicação passa a ser complementar aos tratamentos convencionais, trazendo mais conforto ao paciente, melhorando sua qualidade de vida. Com sua ação antiinflamatória, analgésica e de biomodulação, o laser de baixa potência tem uma ampla possibilidade de utilização – seja no tratamento de afecções como aftas, herpes, mucosites; ou no alívio da dor da disfunção da ATM; seja acelerando a cicatrização e diminuindo o edema pós-cirurgico; ou acelerando a neoformação óssea, gerando um trabeculado ósseo melhor, no caso de implantes. E se utilizada através da terapia fotodinâmica, a laserterapia passa a ter capacidade de matar microorganismos, algo que antes só era conseguido com uso de lasers de alta potência, de alto custo. Esses são apenas alguns exemplos, mas a laserterapia tem inúmeras indicações em todas as áreas da odontologia.
Após a regulamentação das terapias complementares, vem surgindo um debate entre os profissionais habilitados a respeito da transformação dessas atividades em especialidades, com opiniões bastante divergentes. Alguns profissionais consideram a especialização uma tendência que vem acontecendo em todas as profissões, através da qual o profissional passa a obter mais conhecimento em um determinado assunto, atende um número maior de pacientes naquela área específica e, portanto, torna-se mais apto a tratá-los. Entretanto, muitos colegas acham que seria um exagero tornar essas terapias especialidades e que talvez apenas aumentando a carga horária proposta já seria o suficiente para regulamentar adequadamente seu uso.
Uma vantagem da especialização é que essas terapias entrariam na tabela do SUS e assim se tornariam acessíveis aos pacientes mais carentes, considerando a suma importância de que hospitais públicos e as clínicas do SUS também pudessem oferecer esses tratamentos.
Um bom exemplo dessa necessidade está na utilização da laserterapia como tratamento de mucosites orais causadas pela quimioterapia e radioterapia, o que traz muito sofrimento aos pacientes, muitas vezes internados em hospitais públicos em razão de infecções que começaram na boca. Seria muito importante que eles tivessem acesso à laserterapia, que cicatriza mais rapidamente as lesões, diminui a dor e faz com que sua recuperação seja muito mais rápida, podendo assim retomar seu tratamento oncológico.
Ainda há muito o que se discutir a respeito das terapias complementares, mas já demos um grande passo ao conseguir regulamentá-las. Hoje sabemos que os profissionais habilitados estão mais conscientes da importância do estudo para que os melhores resultados sejam obtidos. Isso se traduz em maior respeito principalmente ao paciente, que agora será atendido por profissionais mais capacitados a melhorar sua qualidade de vida.
Dra. Letícia Lang Bicudo
CRO/PR 18140
Mestre profissional em lasers em odontologia – IPEN/USPOdonto-oncologia – Sociedade Brasileira de Cancerologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário